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Tratamento para Transtorno de Ansiedade: Psicoterapia ou Medicamento?

  • Foto do escritor: Gisele Ceciliano
    Gisele Ceciliano
  • 6 de mai. de 2017
  • 3 min de leitura

O Transtorno de Ansiedade resulta de uma percepção distorcida da realidade. Ocorre quando as pessoas supervalorizam as dificuldades de uma situação e a encaram como uma ameaça, mesmo que não haja um risco real. Pode resultar ainda do fato da pessoa subestimar a própria capacidade de enfrentar uma circunstância desafiadora. Porém, os sintomas da ansiedade também podem estar associados a alterações no nível de concentração de neurotransmissores em nosso Sistema Nervoso Central.


Não temos por objetivo discutir sobre a base bioquímica do Transtorno de Ansiedade, nem tão pouco agregar um aspecto tão técnico a esse texto. Queremos apenas evidenciar a existência de uma base neural que fundamenta a ocorrência dos sintomas em algumas pessoas e avaliar qual é o tratamento mais indicado para o Trastorno de Ansiedade.


O primeiro ponto a ser discutido é que as duas formas de tratamento, psicoterapia e medicamento, não são substitutos um do outro. Ambos são importantes. Mas cada um tem uma função distinta. O grau de eficiência dos dois tipos de tratamento está condicionado a escolha do momento mais adequado para utilizar um método ou o outro.


Certamente, a percepção que temos sobre as nossas experiências influencia o funcionamento do nosso cérebro. Em contrapartida, a comunicação neural do Sistema Nervoso Central também exerce influência sobre o modo como percebemos a realidade. Precisamos, entretanto, identificar qual dos sistemas está, predominantemente, desajustado: a nossa percepção, baseada em aspectos cognitivos da interpretação ou nossas redes neurais, baseadas na comunicação entre neurotransmissores e receptores.


Se o desajuste for a nível de percepção, os medicamentos não produzirão efeitos significativos sobre o controle da ansiedade. Eles trarão apenas alívio dos sintomas. Se os sintomas aumentarem de intensidade, porque a pessoa se deparou com uma situação muito ameaçadora pra ela, por exemplo, a tendência é que a dosagem rotineira de medicamento que ela toma deixe de surtir efeito, e ela sinta necessidade de estar sempre aumentando a dose. Se, por outro lado, o Transtorno de Ansiedade ocorrer devido a um desajuste no funcionamento neuroquímico, com uma base genética, o tratamento medicamentoso será indispensável e produzirá efeitos mais promissores.


Definir cada caso não é uma tarefa fácil. Mesmo quando há incidência do transtorno em vários membros da mesma família, não é possível afirmar categoricamente que se trata de um desajuste genético, uma vez que a ansiedade também está baseada em crenças e comportamentos aprendidos. Sendo assim, recomenda-se que a pessoa inicie o tratamento pela psicoterapia, treine com intensidade e disciplina as técnicas aprendidas; realize ajustes em sua maneira de perceber para, somente depois disso, ter condições de avaliar, juntamente com o especialista, a necessidade de um tratamento medicamentoso.


Se você sofre com Transtorno de Ansiedade e começou o tratamento tomando medicamentos, recomenda-se procurar a psicoterapia para ter condições de avaliar se você é capaz de controlar a ansiedade utilizando somente as técnicas de manejo dos sintomas e, a partir da orientação médica, realizar o desmame do medicamento, caso esse não seja mais necessário. O objetivo, em última análise, não é privilegiar um tratamento em detrimento do outro. O foco está, sobretudo, em viabilizar que as pessoas tenham autonomia sobre o controle dos sintomas e não se mantenham refém de nenhuma das formas de tratamento.


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