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Por que tanta gente se queixa de ansiedade?

  • Foto do escritor: Gisele Ceciliano
    Gisele Ceciliano
  • 2 de mar. de 2017
  • 2 min de leitura

Além da influência dos fatores genéticos e da aprendizagem comportamental, os quais não são objetivos deste post, vivemos em um contexto favorável ao desenvolvimento de Transtornos de Ansiedade. Estou usando o termo Transtornos, assim no plural, porque a ansiedade pode se manifestar por diversas maneiras. Mais pra frente vou escrever um post específico para esclarecer melhor isso. Nosso foco aqui é explicar que, atualmente, a sociedade possui características facilitadoras desse processo de "epidemia" ansiosa. É a era da tecnologia. Que trouxe consigo, a era da velocidade.


Vivemos num contexto em que predominam o excesso de informações, o acúmulo de tarefas, com foco constante sobre a velocidade. Tudo precisa ocorrer de maneira rápida. Quando enviamos uma mensagem para alguém pelo celular, queremos ser respondidos imediatamente. Compramos comidas congeladas ou de preparo instantâneo. Os caixas eletrônicos dos bancos proporcionam operações instantâneas. A internet é tão rápida, que permite várias buscas simultâneas. Atualmente, queremos que as coisas aconteçam na hora, naquela hora.


Diante desse contexto, nosso organismo começou a operacionalizar de modo adaptativo. Começou a responder de uma maneira mais acelerada, acumulando tarefas e estando, frequentemente, com uma sensação de estar atrasado para concluir uma solicitação pessoal, social ou de trabalho. Tornamo-nos cada vez mais impacientes, buscando a todo momento sermos os "senhores do tempo". Tentamos fazer caber em determinado tempo mais atividades do que ele é capaz de suportar.


A armadilha da velocidade e da super eficiência é que o status de suficiente tende a ficar cada vez mais intangível. Quanto mais se faz, mais se espera que seja feito, gerando assim uma grande corrente de cobrança e insatisfação que vem de dentro e também da expectativa do outro sobre o nosso desempenho.


O padrão de comportamento atual preza pelo cumprimento de um significativo volume de metas em um espaço de tempo cada vez menor, cada vez mais imediato, resultando assim nessa “epidemia” da ansiedade.


Precisamos, então, ajustar nossas expectativas. Alinhar desejos com possibilidades reais. Quanto mais distante estiver a expectativa do que esperamos de nós mesmos e dos outros em comparação ao que somos capazes de realizar, maior será o nível de frustração experimentada. Uma boa dose de tolerância com nossas limitações humanas, de tempo e de espaço nos aproximam do objetivo de sermos senhores. Não senhores do tempo, nem do outro. Mas senhores de nós mesmos.


Vamos começar a TREINAR essa estratégia?



















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